domingo, 29 de abril de 2018

Ao Domingo Há Música

Pierre-Auguste Renoir, Le moulin de la Galette
O tempo não existe
mas engendra-se no teu rosto.
Rui Knopfli, Máquina de Areia

Na memória dos sons, há vozes que ficaram.  Recordemos David Gilmour em três icónicos registos.
Comfortably Numb , num espectáculo ao vivo, em  Pompeia, 2016;

em Wish you were here;

e em Red sky at night.

sábado, 28 de abril de 2018

Canto

Canto
... e o vento, 
o vento dos altos a que me dei, 
a ti me trouxe 
a ti me entregou. 
Se em mim já estavas! 
Pela boca, pelos olhos e pelas mãos, 
arreigado e voraz, 
meu invasor enternecido. 

Cinco vidas, nada menos, 
cinco vidas querias ter. 
Cinco vidas... 
Mas uma, apenas, ardente, violenta e dissipada, 
uma só não te bastaria? 
Uma, 
quintuplicada, centuplicada na hora inefável, 
no momento embriagado... 
Uma, para me dares, para eu de ti receber, 
vergada, sucumbida? 
É primavera! saíu-me da boca. 
E tu sorriste. 
Sorriste, creio. 
Primavera e todas as estações… 
Chuva e sol, tempo sem idade. 

Aqueles suaves, langues verdes, tão cariciosos; 
os redondos troncos 
e os musgos fofos; 
os melros agrestes 
e as campainhas roxas daquelas flores da minha infância, 
de que me ensinaste o nome tão doce, tão estranho… 
E as loucas nuvens corredias 
e as pedras hieráticas 
e as veredas amáveis, 
como se os ofereciam! 
Amavam-nos, 
Não o viste? 
No passo certo em que ambos íamos 
tudo, tudo nos prendia 
e nós tudo deixávamos. 
Mas o vento… 
o vento dos altos a que me dei, 
mais do que o resto a ti me trouxe, 
a ti me entregou. 
Como se eu te esperasse 
e te pudesse fugir, 
sôfrego quiseste-me prender. 
Eu presa já estava... 

E assim continuámos. 

Aquela hora não esquece. 
Não pode esquecer, 
nem se repete. 

Mudarás tu ou mudarei eu. 
O mundo acena-te. 
E não se é nada... 
Mas a hora, a hora, a hora tão cobiçada, 
a hora que chegou, 
passando, não passa… 
morrendo, ficou... 
Nos ramos, 
nas heras luzentes, 
na chuvinha suspensa, 
nas voltas do caminho, 
na frescura aspirada, 
na solidão alegríssima e confidente, 
em ti e em mim. 
Ficou. 
Está. 
Mas a ninguém o confesses 
nem disso te convenças. 

Permanece, 
está naquelas flores rosadas, 
quase sem cor, dos lindos arbustos… 
Tornaremos jamais a vê-los sem nos lembrarmos? 
Eles… somos nós passando, 
Tu, silencioso; 
eu, aconchegada. 
Na tua mão quente, 
a minha, presa e enraizada, 
tão segura e tão confiante, 
era uma dádiva. 
Naquele breve momento 
tu a recebias e guardavas. 

Assim, inteira, a mim me guardasses! 

Ou, sequer, a lembrança inconfundível 
do repente doce e acre 
em que me beijaste, 
como se eu fosse uma folha, 
uma baga de árvore 
e tu uma rajada. 
Em que me aspiraste 
ou em que me sorveste... 
Não me ficaria a boca em sangue? 
Deixaste-me, 
deixaste a tua escrava um pouco atemorizada, 
meu senhor. 
Se eu pudesse voar, 
soltar-me dos teus braços, 
iria como um pássaro, receoso e deslumbrado, 
de árvore em árvore, de ramo em ramo, 
sem nada ver, tonto, tonto, 
até que de novo o chamasses. 

Mas a longa, 
a magnânima tarde 
não me concedeu asas... 
Por isso a minha mão dentro da tua, 
sensível e cativa, 
te disse, te repetiu longamente, à saciedade, 
o que bem querias saber 
e até o que sentias. 
Te confessou quanto lhe pediste. 
Irene Lisboa, in 'Revista Litoral'

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Apenas saudade

Um dia de sol. Luminoso e claro.Um dia de Primavera. 
Saudade dos dias amenos, dos sorrisos de quem passa, dos chilreios dos pardais, da gente que não se arrasta sob a chuva do temporal. Saudade das cores que brilham nos jardins em flor , dos afagos do mar na espuma das ondas. 
Saudade dos dias sem prazo, das noites de mil sonhos .  Saudade da manhã que acorda e sobressalta o corpo e a alma. Saudade  da tarde que projecta e fecunda o presente no futuro que se aconchega.
Saudade de ser feliz. Saudade de rir. Saudade de ter tempo sem tempo a descontar. Saudade de ser o que era, o que fui e não vou ser. Saudade de não chegar, sem partir. Saudade de não ter tempo para voltar a ser. Saudade de ser, apenas sendo. Saudade…Apenas saudade.

Mariza , em “Quem me dera”, canção do novo álbum de Mariza que sairá a 25 de Maio.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Ter carácter

Dizer de mim
Por Baptista-Bastos
"A minha vida não serve de exemplo para ninguém, a não ser para mim próprio.Um homem é o que para os outros foi ou é, e, também, aquilo que o não deixaram ser. A minha vida permitiu-me acumular experiências, e tive a sorte de trabalhar, em dois diários, com grandes, extraordinários, profissionais. Os jornais, esses, acabaram e de forma triste e desamparada. Aos jornalistas, a esses, recordo-os sempre com estima e afeição. Sou um produto deles, e eles sempre olharam por mim com o cuidado suscitado pela amizade. Não exagero: o pulsar do meu coração não falha, quando leio ou assisto, pelas televisões, nos jornais, a reportagens que marcam o sobressalto daquilo que sinto. Esses sentimentos prolongo-os até hoje, numa memória constante que, amiúde, se confunde com o meu próprio destino.
Às vezes, apetece-me dizer estas coisas. Inspirações momentâneas, surgidas do que observo ou leio. Mas também desejo encorajar todos aqueles que, nos jornais ou nas televisões, têm sentido a frustração dos dias, a estranha paragem do tempo, a dor secreta da velhice. Nunca me queixei, nunca levei para casa a dor profunda e secreta do que me faziam. Fui fazendo. Algumas vezes disfarçando, nas frases, o sofrimento que ocultava com um riso só feliz na aparência. Tenho andado a remoer e a mastigar, com o esquecimento forçado e o sorriso aberto, as dores com as quais fui envelhecendo.
Tenho a cabeça e os sentimentos que nela se ocultam, sem se apagar, numerosos factos e histórias, afinal comuns a quem fez da vida um caudal de palavras e de frases. O culpado sou só eu. Mas só escrevo aquelas que não podem magoar ninguém. Sei que se chama a isto ter carácter. Salvei- -me do recurso à canalhice, e tudo concorria para que assim não fosse. A minha vida não serve de exemplo para ninguém, a não ser para mim próprio, e só a escrevo em minúsculos episódios, como este, agora, e devo-o não só a mim, mas, sobretudo, àqueles que de mim gostam. Até já." Baptista-Bastos, em Crónica publicada no CM, em 8.02.2017

quarta-feira, 25 de abril de 2018

E depois do Abril de 74

Casas para o povo
(Registo do arquivo do Centro de  Documentação 25 Abril - UC , Vimeo)
Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada 
(Fragmentos}
"O artista plástico ARTMINI (Phillippe Martini) preparou para mostrar em Coimbra um registo audio-vídeo de obras (colagens e “mobiles”) abordando de uma forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974. Dez anos depois de ter  estado em Portugal no espaço da Associação Abril em Maio (Lisboa), Phillippe Martini voltou a Portugal juntando novos materiais e novas obras para uma nova encenação, no espaço do Colégio São Bento (Dep. Antropologia), em Coimbra, de 22 a 31 de Maio de 2014."Centro de Documentação UC

terça-feira, 24 de abril de 2018

Milos Forman

Milos Forman. Voando sobre Hollywood
Por Davide Pinheiro
"Realizador de clássicos como “Voando sobre um Ninho de Cucos” e “Amadeus”, o provocador cineasta checo morreu aos 86 anos na América examinada pelos filmes
A origem checa de Milos Forman e o quadro familiar em que cresceu – passou grande parte da infância num internato para órfãos depois de os pais terem morrido no campo de concentração de Auschwitz, quando tinha 9 anos, tendo assistido ao extermínio da mãe Anna Suabova, e do homem que então julgava ser o seu pai, Rudolf Forman – não impediram altos voos.
Criado por pais adoptivos, concluiu o curso de Cinema da Universidade de Praga e não perdeu tempo. Iniciou de pronto uma carreira brilhante. Primeiro como actor e argumentista e só depois como realizador. Começou em 1963 com “O Ás de Espadas” e ao segundo filme estava a vencer o Óscar de Melhor Realizador Estrangeiro com a comédia “Os Amores Duma Loura”. Forman integrava uma nova vaga de cineastas checos com Vera Chytilová, Jiri Menzel e Ivan Passer, entre outros. Viria a bisar o prémio em 1968 com “O Baile dos Bombeiros”.
Milos Forman
Com a invasão das tropas soviéticas sobre Praga, refugia-se em Paris mas é nos EUA que há-de conhecer a glória. onde realiza, em 1971, o seu primeiro filme em língua inglesa “Taking Off”. Um fracasso total de bilheteira que, como Milos Forman haveria de revelar mais tarde, levou a que o realizador ficasse a dever 500 dólares à produtora Universal Pictures.
Participa no documentário sobre os Jogos Olímpicos de Munique: “Vencedores e Vencidos” e em 1975 ganha direito à imortalidade com “Voando Sobre um Ninho de Cucos”. Há um antes e um depois de o filme que o atira para a vanguarda do cinema americano. O clássico baseia-se no romance de Ken Kesey – autor de referência da contracultura, que relata a passagem por um hospital psiquiática durante 27 anos. Michael Douglas foi o produtor e Jack Nicholson brilhou como protagonista da adaptação.
Com 5 Óscares nas categorias principais (melhor filme, realizador, actor e actriz, e argumento adaptado), em nove possíveis, o que não acontecia desde “Uma Noite Aconteceu” de Frank Capra em 1934, ganhou o direito à sua estrela em Hollywood. E por isso a morte de Milos Forman é tão simbólica.
“A sua partida foi tranquila e esteve o tempo todo rodeado pela família e amigos”, informou a mulher, Martina. A morte tranquila e pacífica de um realizador inquietante, caçador de personagens perturbadas e desencontradas da norma. Anónimas ou jubiladas como O Amadeus Mozart de Tom Hulce, a “turma” liderada por Jack Nicholson, o Larry Flynt de Woody Harrelson, e o Andy Kaufman de Jim Carrey.
Em todas elas prevaleceu o olhar humanista e compreensivo, procurando explicações para a rebeldia de todos. Forman abriu a porta do cinema clássico a essa ideia permanente de confronto e violação do habitual.
A sequência do musical “Hair” (1979) e de “Ragtime” (1981) – este sobre as tensões raciais da Nova Iorque do início do século XX – seriam obras de transição para o segundo grande marco da obra. “Amadeus”, em 1984, deu-lhe o segundo Óscar de Melhor Realizador, e logo recebido das mãos de Steven Spielberg. As estatuetas de Melhor Filme, Melhor Actor, Adaptação de Argumento, Direcção Artística, Som, Guarda-Roupa e Maquilhagem deram uma expressão maior à vitória de um clássico incorrompível do cinema da segunda metade do século XX. Enquanto “Voando Sobre um Ninho de Cuco” recriava em tensão um ambiente de hiperrealismo, “Amadeus” vivia da perfeição formal.
Por contraste assumido com os filmes de leste sobre compositores, Forman preferiu olhar para a rebeldia de Wolfgang Amadeus Mozart, lutando contra essa normalização da história de querer inventar consensos e paz onde houve choque e violência.
Uma adaptação do romance “As Ligações Perigosas” de Choderlos de Laclos, em “Valmont” (1989), e três biografias visuais, de Larry Flint (1996) e de Andy Kauffman em “Homem na Lua” (1999), – um dos grandes papéis da carreira de Jim Carrey, e uma terceira, o olhar interpretativo de “Os Fantasmas de Goya” (2006) completaram uma trilogia não assumida que não o deixou perder créditos enquanto examinador da condição humana e daqueles que, com o seu modo, tempo e expressão mediática, a reformulam aos olhos do mundo.
Agora, a insubordinação de Milos Forman dá lugar à coreografia da marcha fúnebre e, de seguida, à consternação do silêncio. "Davide Pinheiro,16/04/2018, Jornal i

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Celebrar o Livro

O Prazer da Leitura
por Marcel Proust
"Na leitura, a amizade é subitamente reduzida à sua primeira  pureza. Com os livros , não há amabilidades. Estes amigos, se passarmos o serão com eles, é porque realmente temos vontade disso. A eles , pelo menos, muitas vezes só os deixamos a contragosto.  E quando os deixamos, não temos nenhum desses pensamentos que estragam a amizade: - Que terão eles pensado de nós? - Não tivemos falta de tacto? - Teremos agradado? - nem o medo de sermos esquecidos por um deles. Todas estas agitações da amizade expiram no limiar dessa amizade pura e calma que é a leitura. Também não há deferência: só rimos com o que diz Molière na exacta medida em que lhe achamos graça; quando ele nos aborrece, não temos medo de mostrar um ar aborrecido e quando estamos decididamente fartos de estar  com ele , pomo-lo no seu lugar tão bruscamente como se ele não tivesse génio nem celebridade.  A atmosfera desta pura amizade é o silêncio, mais do que a palavra. Porque nós falamos para os outros,  mas calamo-nos para connosco mesmos .  É por isso que o silêncio  não traz consigo, como a palavra, a marca dos nossos defeitos, das nossas caretas. Ele é puro, é verdadeiramente uma atmosfera. Entre o pensamento do autor  e o nosso não interpõe elementos irredutíveis refractários ao pensamento, os nossos egoísmos diferentes. A própria linguagem do livro é pura ( se o livro for digno desta palavra), tornada transparente pelo pensamento do autor que dele retirou tudo quanto não fosse ele próprio até o transformar na sua linguagem fiel; cada uma das frases, no fundo, semelhante às outras, dado que todas são ditas através da inflexão única de uma personalidade; daí  uma espécie de continuidade, que as relações da vida e o que estas associam ao pensamento como elementos que lhe são estranhos excluem o que permite muito rapidamente seguir o próprio fio do pensamento do autor, os traços da sua fisionomia que se reflectem neste espelho tranquilo. Sabemos  apreciar  os traços  de cada um  deles  sem termos necessidade  de que sejam  admiráveis, pois é um grande prazer para o espírito distinguir essas pinturas  profundas  e amar com uma amizade  sem egoísmo, sem frases, como dentro de nós mesmos."
Marcel Proust, in " O Prazer da Leitura",Teorema, pp. 42,43,44

domingo, 22 de abril de 2018

Ao Domingo Há Música

The Garden, Pierre-Auguste Renoir
         
           No coração do homem é que reside o princípio e o fim de tudo.
                                                                            Leon Tolstoi

Há sorrisos que se escondem nos dias que não anunciam a Primavera. Julgam-se traídos quando a chuva  fustiga os vidros da janela, o vento  uiva  por entre as paredes  e o  mar apaga os  passos nas pregas finas da areia.
Há sorrisos que não se soltam nesses dias   de sonhos perdidos, enredados  por entre as voltas do tempo. Mas há sorrisos que rompem  qualquer  amarra, quando o coração lhes exige.
Eis o que nos propõe John Barry , em Give me a smile.... 

JOHN BARRY
"John Barry Prendergast, (3 November 1933 -- 30 January 2011) was an English film score composer. He is best known for composing 11 James Bond soundtracks and was hugely influential on the musical style of the 007 series, along with the general feeling of the films.
In a career spanning almost 50 years, Barry received numerous awards for his work, including five Academy Awards; two for Born Free, and one each for The Lion in Winter (for which he also won a BAFTA Award), Out of Africa and Dances with Wolves (for which he also won a Grammy Award) and Somewhere in Time (1980) (Golden Globe Award nomination for Best Original Score -- Motion Picture).You can read more on the special page for him in wiki. It has an impressive list of compositions and awards."

sábado, 21 de abril de 2018

O que é a Arte?

O Colosso de Goya
A ARTE E O TEMPO
Reflexões acerca dos princípios criativos que levam à prática das artes moderna e contemporânea 
Por Ana Ruepp
O que é a arte?
O vídeo apresenta um breve ensaio acerca da finalidade da arte. Tenta igualmente explicar o que significa ser artista, qual a intenção e o conteúdo da obra e qual a importância do desconhecido no processo que leva à criação, através de autores tão diversos como Simone Weil, Cecil Collins, Joseph Beuys, Vilém Flusser e P. L. Travers.


Ana Ruepp, Mestrada em Arquitectura pela Universidade de Lisboa, Pós-Graduada e Mestra em Fine-Arts pela University of Arts de Londres (Byam Shaw School of Arts, Central St. Martins), exerceu funções docentes no Instituto Superior Técnico e tem realizado exposições individuais e participado em mostras coletivas - em Londres, Berlim, Lisboa. Recentemente foi publicado na Editora Tinta da China a ilustração do poema "As Fadas" de Antero de Quental. Tem colaboração semanal no Blogue do Centro Nacional de Cultura.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Eventos culturais

NOVA EXPOSIÇÃO

A invasão do Pós-Pop

20 abril – 10 setembro, Galeria Principal do Edifício Sede


Ainda não tinha aberto ao público e já o jornal inglês The Guardian lhe dava destaque, deixando o aviso: "Portugal, here we come!" Pós-Pop. Fora do lugar comum  é uma viagem por 200 obras de artistas que, em Inglaterra (a meca dos anos 60) e em Portugal (onde tentavam dar cor à ditadura) abriram outros caminhos à arte Pop.
SAIBA MAIS

MÚSICA A DOBRAR

lntegral de Beethoven

24 e 25 abril, Grande Auditório


O Quarteto para Cordas n.º 13, em Si bemol maior, op. 130, de Beethoven, não foi recebido entusiasticamente pela crítica da altura, nomeadamente por causa do seu último andamento, e Beethoven foi convencido a compor um final alternativo. Para que o público possa tirar teimas, o Cuarteto Casals tocará… ambos.
SAIBA MAIS

MÚSICA

Solistas da Orquestra Gulbenkian

Sexta, 20 e 27 abril, 21:30, Grande Auditório


Músicos da Orquestra Gulbenkian saem do anonimato do grupo onde se costumam inserir para se apresentarem em contexto de música de câmara, em recitais de entrada livre. Das suas mãos, em dois dias distintos, poderá ouvir Biber, Bertali, D. Castello, Rossini, Schmelzer e Richard Strauss.
SAIBA MAIS

NOVIDADE NO JARDIM

A pegada de Bordallo II

A partir de 21 abril, Jardim Gulbenkian


A partir de sábado, 21 de abril, dia em que a Fundação começa a festejar o Dia da Terra, o Jardim Gulbenkian terá uma nova pegada, feita por Bordallo II. Não será apenas uma peça, como tantas outras, feitas de lixo, que o artista foi espalhando pelas paredes de Lisboa. Será também um manifesto à sustentabilidade e à necessidade de se deixar um mundo mais limpo às próximas gerações.
SAIBA MAIS

CORO GULBENKIAN

Alma: concerto a capella

Domingo, 22 abril, 18:00, Grande Auditório


"A voz constitui uma ligação ao que de mais interior e íntimo temos em nós: a alma", diz Pedro Teixeira, o antigo membro do Coro Gulbenkian que vai dirigir o concerto (de obras renascentistas e contemporâneas) ao qual se pôs, justamente, o título Alma. 


Foto de Ground Control.
ABR26

Mai 68 - Utopies d'hier, utopies de demain


Le Nouveau Magazine littéraire et Ground Control vous invitent à explorer l'héritage de Mai 68 au cours d'une grande soirée de débats. Cette nuit lancera la programmation spéciale du mois de Mai 2018 de Ground Control et Radio Ground Control.
Le 26 avril, à partir de 18h30, des personnalités engagées revisiteront les slogans mythiques de Mai 68 et leur écho sur notre monde contemporain 
Sonia Devillers - « Fermons la TV, ouvrons les yeux »
Richard Malka - « Il est interdit d’interdire »
Delphine Horvilleur - « Aimez-vous les uns sur les autres »
Dominique Bourg - « La forêt nous précède, le désert nous suit »
Raphaël Glucksmann - « Nous sommes tous des des juifs allemands »
Pierre Mansat - « Non aux bidonvilles..., non aux villes bidons »

Judith Grumbach - « Tout enseignant est enseigné, tout enseigné est enseignant »
Thomas Porcher -  On ne tombe pas amoureux d’un taux de croissance »
Clémentine Autain - « Le privé est politique »
Thomas Clerc - « La beauté est dans la rue »
Et aussi Patrick Viveret, Bernard Laponche et Maria Nowak...
Des auteurs sélectionnés par le NML seront aussi présents pour une séance de dédicace de leurs ouvrages.
Fidèlement à l'esprit de Mai 68, Radio Ground Control prêtera son micro aux étudiants de Sorb'on, votre journal étudiant. Vous pourrez réagir en direct sur le Facebook Live de l'émission, sur Ground Control.
Cette soirée est aussi l'occasion idéale pour le vernissage de l'exposition de l'artiste ENZO (Enzo BD), qui détourne les codes graphiques des affiches de Mai 68 pour commenter notre époque. Il organisera un atelier de sérigraphie sur place, comme dans la tradition des Beaux-Arts il y a 50 ans. 
Découvrir le projet : https://bit.ly/2GQwLxM
Gratuit / Entrée libre (dans la limite des places disponibles)
https://www.nouveau-magazine-litteraire.com/
https://www.groundcontrolparis.com/
https://www.groundcontrolparis.com/radio-ground-control
 

O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Pretende anualmente promover o prazer da leitura e o respeito pelos livros e pelos seus autores.
Esta data foi escolhida com base na tradição catalã segundo a qual, neste dia, os homens oferecem às suas «damas» uma rosa vermelha de S. Jorge e recebem em troca um livro, testemunho das aventuras do cavaleiro. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare, Cervantes e Garcilaso de la Vega, falecidos em Abril de 1616.
Em 2018, e porque se comemora o Ano Europeu do Património Cultural, a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas quis relacionar a noção de património com o valor cultural e intemporal do Livro e da Leitura. Resultado do conjunto de várias forças, desde o autor ao leitor, passando pelo editor, tradutor, revisor, designer, ilustrador, tipógrafo, livreiro, animador da leitura, o Livro encontra o seu valor intemporal quando é lido e passado de geração em geração, de uma língua para outra língua, de um suporte para outro suporte de leitura.
O cartaz deste ano, baseado numa fotografia que a fotógrafa Luísa Ferreira concebeu no Arquivo Nacional Torre do Tombo, com design da LUPA Designers, pretende transmitir, metonimicamente, que um livro cruza justamente tudo isto: tempo, espaço, língua, cultura, imagem, suporte, fotografia, escrita, mas também uma leitura e muitas leituras, prazer e fruição.  "DGLAB

Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa: na Cordoaria Nacional há peças com história

"Escultura sacra, armas com mais de 100 anos, tesouros de família, arte contemporânea e design da segunda metade do século XX — à primeira, parece difícil colar todas as peças e apresentá-las num único evento. Difícil, não impossível. Até dia 22 de Abril, a Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa ocupa a Cordoaria Nacional com 21 galeristas e antiquários nacionais, aos quais se juntam cinco expositores internacionais que chegam de França e Espanha. À 23ª edição, o evento mais importante do país no sector da comercialização de peças antigas, está mais diversificado do que nunca. “Os próprios galeristas estrangeiros demonstraram interesse em participar no nosso evento”, afirma José Sanina, presidente da Associação Portuguesa dos Antiquários — APA, entidade que organiza esta feira anual."Mauro Gonçalves, Obs.
QUINTAS ESPECIAIS
NA COMPRA DE 1 BILHETE OFERECEMOS O SEGUNDO
Como só estamos aqui de passagem mais vale aproveitar bem a viagem!
Estão abertas as Quintas Especiais onde, a partir de agora, na aquisição do seu bilhete para o espectáculo ÑAQUE, no Teatro Villaret, receberá de oferta o segundo bilhete.
Esta acção especial é válida somente para os espectáculos das Quintas-Feiras e já está activa em todos os postos de venda.

“(…) José Pedro Gomes e José Raposo explodem de energia, criatividade e humor: põem a sala às gargalhadas e superam na perfeição muitas vezes rindo deles próprios, a pouco mais de uma hora de representação."
"(…) uma extraordinária paródia ao teatro clássico, uma homenagem aos dois actores, um festival da arte de representar, uma ode ao prazer da cena, da sua irrepetibilidade e da sua força para interagir com o público."
José Vieira Mendes in Magazine HD

Sinopse: Dois actores com uma esperança inimaginável na sua existência de criadores de sonhos por palavras. Acompanhamo-los ao longo da sua jornada, sorrimos com eles, choramos com eles, rimos com eles, temos fome com eles, maravilhamo-nos com eles, impacientamo-nos com eles… e no final, percebemos, somos todos iguais. Somos seres humanos. Como eles…
Com José Pedro Gomes e José Raposo
Encenação Marco Medeiros
Texto José Sanchis Sinisterra
Teatro Villaret
Quinta a Sábado às 21h30 I Domingo às 16h30
Bilhetes 16€
Preço especial Na compra e um bilhete, oferta do segundo todas as quintas-feiras.
Bilhetes à venda na Ticketline, Fnac, bilheteira do teatro e locais habituais.
Sessão Solene Comemorativa do 44.º Aniversário do 25 de Abril
25 Abril | 10h00 | Sala das Sessões
Na sessão solene intervêm representantes dos grupos parlamentares, o Deputado único do PAN, o Presidente da Assembleia da República e o Presidente da República.
Palácio de São Bento aberto ao público | Visitas livres
25 Abril | 15h00-18h00
O Palácio de São Bento está aberto ao público, entre as 15h00 e as 18h00 para visitas livres. Os cidadãos são convidados a conhecer os espaços mais emblemáticos do edifício, incluindo algumas salas de acesso habitualmente reservado, de acordo com um itinerário pré-definido.
Podem ainda ser visitadas as exposições:
"A Biblioteca de Samuel Schwarz: espelho de uma vida", promovida pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
"Arte, Resistência e Cidadania", organizada pela Fundação da Bienal de Cerveira.
Mais informações a disponibilizar oportunamente em www.parlamento.pt.